quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Ondas gravitacionais Deus e a Evolução

      As ondas gravitacionais tiveram comprovação  científica no início do mês de fevereiro do corrente ano (2016). Por experimento científico foi comprovado algo que já era aceito na teoria. O fato está relacionado com a teoria da Relatividade Geral proposta pelo físico Albert Einstein em 1915. Em termos gerais a referida teoria afirma que o espaço e o tempo constituem uma entidade geométrica unificada, ou seja, além das três dimensões espaciais conhecidas (altura, largura e profundidade) agrega-se uma quarta, o tempo. A teoria da Relatividade Geral é um avanço da teoria da Relatividade Especial proposta em 1905. Esta expôs a variação do espaço e do tempo para o sistema de referência conforme este se aproxime ou se distancie da velocidade da luz no vácuo. Porém ainda não reconhecia os efeitos  gravitacionais  que geram a noção de espaço-tempo curvo.
        A constatação desta realidade, ou seja, que o tempo e o espaço variam, foi um dos elementos fundamentais para a formulação da teoria do Big Bang. Teoria esta que estabelece a origem do Universo a partir de uma explosão cósmica que deu origem a tudo, inclusive ao espaço e ao tempo.
      A partir da definição que o espaço e o tempo tiveram uma origem como os demais elementos da natureza, pressupomos que Deus seja atemporal. Pois se Deus é a causa da criação do Universo, Ele não pode estar condicionado como se fosse mais um elemento do Cosmos. Esta é uma discussão que ainda  remanesce em alguns círculos, no entanto  não cabe mais tal discussão hoje. Pois  é absurdo propor que Deus seja temporal frente a ideia de que Ele transcenda a sua própria criação.
   
      Com o avanço da ciência deveria diminuir o conflito entre ciência e religião.  O que atrapalha o progresso desta aproximação talvez sejam as posições inflexíveis de cada parte. Por um lado estão um grupo de cientistas que repudiam qualquer menção a  Deus na concepção do Universo e de outro estão alguns religiosos que repudiam certos fatos evidenciados por estudos e descobertas científicas.
       Uma análise razoável poderia considerar a explosão inicial, apontada na teoria do Big Bang, como parte do processo criativo de Deus.  Talvez este fato possa ser o que ocorreu após a primeira ordem divina: "haja luz".
        Seguindo este raciocínio, a evolução das espécies pode ser o instrumento divino para fazer a vida chegar a todos os rincões do mundo em seus mais diferentes ambientes e situações. Portanto um processo criativo dinâmico que se estendeu além da semana da criação para que a vida alcançasse todos os recônditos do globo terrestre, redundando numa riqueza de variedades que nos enche de admiração. 
       Acredito que o processo evolutivo não seja um fenômeno tão abrangente e radical que tenha gerado o ser humano de uma espécie inferior, nem que todas as espécies sejam provenientes de um ancestral comum.   Tudo leva a crer que o processo evolutivo de algumas espécies foi possível a partir de uma capacidade conferida aos tipos básicos de animais e vegetais estabelecidos na semana da criação, que com o passar do tempo se modificaram e se dividiram em novas espécies e subespécies ao sofrer a ação de certos fatores, entre os quais os relacionados as condições ambientais.          Acredito que esta visão de como a vida foi criada e se desenvolveu em nosso mundo, que concilia  alguns postulados da ciência moderna com o relato  bíblico da Criação,  em nada desqualifica  o Grande Criador como autor desta obra maravilhosa.

Aguinaldo C. da Silva
     
   

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Católicos não devem tentar converter os judeus, decide Vaticano

Os católicos não devem tentar converter judeus. Além disso, devem trabalhar com eles para combater o antissemitismo, afirmou um documento publicado pelo Vaticano nesta quinta (10).
Redigido pela Comissão de Relações Religiosas do Vaticano com os judeus, e sancionado pelo pontífice, o documento afirma que o cristianismo e o judaísmo estão correlacionados, e Deus nunca anulou sua aliança com o povo judaico.
“A Igreja Católica é, portanto, obrigada a ver a evangelização de judeus, que acreditam no Deus único, de uma maneira diferente daquela de pessoas de outras religiões e visões de mundo”, afirma o texto.
O pedido é para que os católicos sejam mais sensíveis ao significado do Holocausto para os judeus e se comprometam a “fazer todo o possível com nossos amigos judeus para repelir tendências antissemitas”.
Parte das ações que lembram o 50º aniversário da Nostra Aetate – declaração do Vaticano que repudiou o conceito de culpa coletiva dos judeus pela morte de Jesus – o material assevera: “Um cristão nunca pode ser antissemita, especialmente por causa das raízes judaicas do cristianismo”.
O Vaticano lançou um diálogo teológico com os judeus a partir do Concílio Vaticano II, que é rejeitado pela linha mais tradicionalista dos católicos. Segundo especialistas, esta é a primeira vez que o repúdio à conversão de judeus foi tão claramente exposto em um documento papal.
Um alto funcionário do Vaticano afirmou à imprensa que “Em termos concretos, isto significa que a Igreja Católica não realiza nem apoia qualquer trabalho missionário institucional específico entre os judeus”.
Os termos do novo documento, lançado nesta quinta resumem-se a afirmar que os católicos devem dar testemunho de sua fé em Jesus Cristo aos judeus “de maneira humilde e sensível, reconhecendo que os judeus são portadores da Palavra de Deus…”.
De acordo com os rabinos ortodoxos, no entanto, isso deve levar hoje os judeus também a questionarem-se sobre quem são os cristãos no plano de Deus para o mundo: “Como já fizeram Maimonide e Yehudah Halevi – continua o documento – reconheçamos que o cristianismo não é nem um incidente ou um erro, mas fruto da vontade divina e um dom para as nações. Separando entre eles o judaísmo e o cristianismo Deus quis criar uma separação entre companheiros com significativas diferenças teológicas, e não uma separação entre inimigos”.
Uma espécie de resposta foi dada por 25 rabinos ortodoxos. Eles pedem que os judeus questionem-se sobre quem são os cristãos no plano de Deus para o mundo: “Como já fizeram Maimonide e Yehudah Halevi, reconheçamos que o cristianismo não é nem um incidente ou um erro, mas fruto da vontade Divina e um dom para as nações. Separando entre eles o judaísmo e o cristianismo Deus quis criar uma separação entre companheiros com significativas diferenças teológicas, e não uma separação entre inimigos”.

Caminho para o ecumenismo mundial

Se o papa é, como diz a tradição católica, o sucessor do Pedro, esse tipo de ação contraria o relato do Livro de Atos, onde apóstolo é visto repetidas vezes pregando aos judeus. Iniciando no Pentecostes, milhares deles aceitaram a Cristo como salvador. A Igreja Primitiva era formada, majoritariamente, por judeus convertidos.
Além disso, o papa Francisco disse poucos dias atrás que cristãos e mulçumanos são “irmãos”. Embora seja bonito para os padrões politicamente corretos do mundo atual, também contraria a revelação bíblica.
Não por acaso, cresce no mundo a tentativa de união de todas as religiões em uma só (ecumenismo),partindo do princípio que todos servem ao mesmo Deus.
Fonte: Gospel Prime
Nota. O que se pretende hoje com as pretensões ecumênicas do Vaticano é na realidade uma busca de alianças políticas com fins de obtenção de domínio e poder temporal. Mais uma vez o líder supremo da igreja romana abre mão da verdade em prol de certas conveniências. Para consolidação da união das religiões, já que não interessa as crenças particulares de cada grupo, basta apenas se firmar um pacto em torno de uma ideia ou prática comum. Talvez o estabelecimento de um mesmo dia de guarda  a todos seja o suficiente para celebrar tal aliança. Caminhamos a passos rápidos para o fim!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Cosmovisão Cristã X Cosmovisão Secularista

       Cosmovisão é a forma como um indivíduo vê ou percebe o mundo,  as pessoas e toda a realidade circundante. É a forma como desenvolvemos ou formamos os valores morais e espirituais. Nossas crenças são os elementos determinantes na visão do mundo e na interpretacão da vida. 
     A cosmovisão cristã preconiza um compromisso pessoal com uma base moral de fora. Os princípios divinos se expressam pela lei de Deus. Enquanto a cosmovisão secularista ou ateia tem no homem individualmente  sua própria base moral, fazendo assim uma visão autocentrada, relativista e individualista da realidade. 
      Por sua vez o Cristianismo apresenta uma ética baseada na solidariedade, na generosidade e no desenvolvimento do altruísmo. Outra premissa cristã considera que no mundo há  um grande conflito cósmico entre o bem e o mal influenciando todas esferas da vida. 
      A noção da queda do homem no pecado determina outros aspectos importantes da ética cristã, a saber: a modéstia e o recato, como formas de exercer a prudência frente a um ser humano moralmente vulnerável.   
      Em poucas palavras pode ser descrito as diferenças elementares do cristianismo frente a outras  cosmovisões hoje no mundo. Ainda destaca-se a noção  da origem humana pela  criação divina como elemento preponderante na valorização do ser humano como pessoa. Foi na época de maior expansão do ateísmo na Europa, capitaneado pelo florescimento do darwinismo e do marxismo, que  ocorreram os maiores genocídios e outras atrocidades contra os seres humanos naquele continente. Os horrores da segunda guerra mundial patrocinados pelos regimes do nazismo e do facismo, foram em grande parte inspirados no darwinismo social.
      Hoje a decadência moral, principalmente entre os jovens, é fruto do afastamento dos princípios cristãos, vistos como amarras morais obsoletas e dogmáticas. A profunda falta de sentido que tem levado os jovens às drogas e a outros vícios é fruto da cultura "paz sem Cristo"muito divulgada a partir da década de sessenta. 
       Os óculos da sociedade atual, que leva a mesma a celebrar sua liberdade com drogas, sexo e rock and roll,  não percebe quão fútil e o vazia está se tornando. O rompimento de todas amarras e princípios morais está tornando muitos jovens ocidentais revoltados, alguns nesta situação acabam indo para o radicalismo mulçumano.  Lideranças da sociedade já começam a perceber o atoleiro moral e existencial ao qual conduziram certas ideologias acariciadas no passado. A negação sistemática ao que ensina a Bíblia levou a uma trágica situação irremediável. 
        
      
Aguinaldo C. da Silva

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Verdades sobre o Juízo Final

Relaciono abaixo alguns tópicos sobre o juízo de Deus, do qual nos fala a Bíblia e pelo qual será dado o galardão a todo ser humano.

1) Todos passaremos diante do juízo de Deus.
 "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal." (I Cor. 5:10)

2)
Deus  promete trazer  a juízo toda obra.
"Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau." (Ecl.12:14)
"Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor." ( ICor. 4:5)

3)
A nossa responsabilidade perante Deus é individual.
"De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus." (Rom. 14:12)

4)
A lei de Deus é o padrão ou norma pela qual todos serão julgados.
"Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei. Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade." (Tiago 2:11,12)

5)
Apenas os fiéis serão dignos de receber o galardão da salvação.
"E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor." (Mat. 25:21)

6)
O juízo de Deus se inicia na iminência da segunda vinda de Cristo à Terra.
"E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva." (Apoc. 11:19)
"E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas".(Apoc. 14:6,7)

7) Haverá três fases no juízo de Deus: 1- pré-advento, 2- milenial, 3- executivo.
1"Então disse o Senhor a Moisés: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei do meu livro." (Êxodo 32:33) 
"O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos."(Apoc. 3:5)
2 - "Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?" (I Cor. 6:2,3).
3 - "E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." (Apoc. 20:11:12) "E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo." (Apoc. 20:15)

Nota. Com relação as três fases do juízo de Deus, podemos dizer o seguinte:
        Haverá um momento no qual os crentes ou todos aqueles que ingressaram para o Reino de Deus, serão olhados ou examinados pelo Senhor através dos registros nos livros do Céu, e somente os vitoriosos serão mantidos no livro da vida, enquanto os demais terão seus nomes riscados (Apoc. 3:5). Portanto, a primeira fase do juízo se constitui em verificar quem irá permanecer com o nome no livro da vida. 
       Alguém poderá dizer que este momento seja logo após a morte. Mas o mesmo livro do Apocalipse diz que haverá um momento definido para este julgamento. “E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados ...” (Apoc. 11:18). "Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos." (Atos 17:31).
      A segunda fase do juízo se constitui em se verificar, junto aos registros celestiais, o porquê de muitos passarem ou não pela primeira ressurreição, que é a ressurreição para a vida. Neste tempo a igreja já estará no Céu participando deste  julgamento, no qual envolverá tanto os anjos rebeldes quanto os ímpios (I Cor. 6:2-3). 
     No final do milênio haverá o cumprimento da terceira fase do juízo, na qual será executada a sentença proferida nas fases anteriores (Apoc. 20:11-15). “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Apoc. 20:15). Aí a questão não gira mais em torno de se manter ou riscar o nome do livro da vida, mas em apenas verificar se o nome está escrito no livro da vida. Isto nos leva a inferir que a decisão já foi tomada numa fase anterior.