domingo, 18 de abril de 2010

COMO JESUS FOI CRUCIFICADO

Não é exagero afirmar que a cruz é o alicerce do cristianismo. Instrumento dantesco na mão dos romanos, utilizado como pena capital contra escravos e revoltosos, ela ganhou contornos de altruísmo por volta das 15h da Sexta-feira da Paixão do ano 30, quando Jesus de Nazaré teria morrido pendurado em duas estacas de oliveiras nodosas em forma de “t”. Seus discípulos não estariam ao pé do calvário. Mas as primeiras linhas escritas pelos quatro evangelistas para perpetuar os ensinamentos desse homem que cresceu na Galileia relatavam justamente os episódios de sua Paixão e morte. Não é de se estranhar, portanto, que, quase dois mil anos depois, a iconografia símbolo do cristianismo esteja apoiada na figura de um Jesus magro e frágil, com barba, pouca roupa, coroa de espinhos e preso a uma cruz pelas palmas das mãos e peitos dos pés. Mas essa imagem de Cristo no ato de seu suplício estaria fiel à história? “Não”, opina o especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém Rodrigo Pereira da Silva. “Acredito na hipótese de que Jesus tenha sido crucificado sentado, apoiado em uma madeira que existia na cruz abaixo de seu quadril, com as pernas dobradas para a direita, nu e sem a coroa de espinhos”, diz.Professor do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), Silva faz essa afirmação baseado, principalmente, em pistas deixadas pelos textos bíblicos e pela literatura romana. O acesso a especulações sobre a real posição de Jesus na cruz tem sido cada vez mais possível graças a algumas obras escritas por especialistas em religião do Oriente Médio. Lançadas recentemente, elas trazem a discussão em torno dessa questão, difundida no meio acadêmico, para perto do grande público.Em Os Últimos Dias de Jesus – a Evidência Arqueológica (Ed. Landscape), o arqueólogo Shimon Gibson, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), escreve que, “para prolongar a agonia e o momento da morte, os romanos posicionavam a vítima em uma espécie de assento de madeira, ou suporte de forquilha, na metade inferior da cruz”. Havia um motivo. Sem essa espécie de apoio, o corpo tombaria e a morte por asfixia ocorreria mais rapidamente. A intenção, portanto, era dar à vítima a possibilidade de ela respirar para que tivesse uma sobrevida e sofresse por mais tempo antes da morte.“A pessoa morre mais lentamente por asfixia dolorosa, porque os músculos do diafragma vão parando de funcionar até que ela deixe de respirar”, explica John Dominic Crossan, professor de estudos bíblicos da Universidade DePaul (EUA), no livro Em Busca de Jesus (Ed. Paulinas). Esse tipo de assento é descrito, ainda, pelo historiador espanhol Joaquín Gonzalez Echegaray, do Instituto Bíblico e Arqueo­lógico de Jerusalém, em Arqueología y Evangelios (Ed. Verbo Divino), como uma espécie de “conforto” com objetivo cruel.Detalhes de como os braços e as pernas de Cristo foram posicionados não são fornecidos pelos evangelistas. “Os soldados romanos, que teriam o que falar, não tinham interesse. E os discípulos, que deveriam escrever, não tinham os dados”, diz Pedro Lima Vasconcellos, professor de pós-graduação de ciências da religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. As pistas, então, são fornecidas pela ciência.Em 1968, uma ossada de um homem que viveu no século I foi encontrada em Jerusalém. Sua cartilagem próxima ao calcanhar direito apresentava um prego de ferro de 11,5 cm de comprimento preso a uma madeira. É a única vítima de crucificação descoberta por arqueólogos até hoje. “Se trabalharmos com a hipótese de que um único prego estaria atravessando os dois pés, pela forma como a ossada foi encontrada, as pernas estariam flexionadas para a direita”, diz Silva, da Unasp. Segundo o historiador André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o que há de histórico no relato da Paixão de Cristo são a prisão e a crucificação. “O que ocorreu no meio e depois são relatos teológicos que passam pelo exercício da fé”, diz ele. “Se ele morreu pregado ou amarrado, estendido ou sentado são detalhes para aumentar ou diminuir a dramaticidade.”Milhares de crucificações foram patrocinadas pelos romanos. A de Jesus foi a única que se perpetuou. Como pode um herói morrer de uma forma tão humilhante e seu nome viajar por gerações? Para a ciência, ele ainda é um quebra-cabeça com muitas peças desaparecidas. Mas não há mistério em um ponto: ele deu novo significado à cruz, hoje objeto de salvação e conforto espiritual, não de tormento.Com base em descobertas arqueológicas, escritos dos evangelistas e na literatura romana, especialistas sugerem como Jesus teria passado as últimas três horas de vida na Terra. (IstoÉ)

Nota: Muito mais importante que saber como Jesus foi exatamente crucificado, é poder receber o benefício deste gesto tão altruísta em prol da raça humana. Apesar deu seu grande sofrimento e imensa abnegação, nossa decisão de segui-Lo não deve ser pautada pelo emocionalismo, mas por uma decisão racional consciente. Ele quer que O busquemos não por sentimento de comiseração, mas por reconhecermos que Nele encontramos a melhor opção para uma vida verdadeiramente plena e feliz.

domingo, 11 de abril de 2010

MUDANÇA CLIMÁTICA


















Estamos vivendo numa época de grandes transformações no mundo, sem excluir a própria natureza do planeta Terra. Alguns estão colocando em xeque a questão do aquecimento global e suas consequencias. No entanto é mais que evidente que estamos vivendo uma fase totalmente nova e inédita no comportamento do clima e nas condições ambientais do planeta.
Para quem tem dúvida sobre a realidade da mudança climática em nossos dias, menciono o trabalho meticuloso do Sr. Nei Abílio, um agricultor do município de Vctor Graeff, no planalto gaúcho. Este por quase trinta anos anotou diariamente o comportamento do clima, além de anotar os milímetros de chuva com o auxílio de um pluviômetro. Assim colecionou um panhado de dados que está sendo usado até por alunos da UFRS. É impressionante o que mostra seu trabalho de observação. De acordo com as anotações dos últimos 30 anos, da primeira década até agora, as temperaturas médias do verão subiram 7ºC. E, do inverno, caíram 2ºC. Em três décadas o número de geadas aumentou muito. A média de chuvas de granizo quase dobrou neste período. E os ventos com velocidade superior a 60 quilômetros por hora aumentaram quase cinco vezes em 30 anos.
Pode ser que não haja unanimidade entre os cientistas quanto a participação do efeito estufa na mudança climática. Mas uma coisa é clara, ela existe e o homem tem sua parcela de culpa neste fenômeno. Simplesmente negar que as enormes emissões de gás carbônico, entre outros gases poluidores não tenham qualquer participação como agentes causadores de danos ambientais é uma enorme irresponsabilidade e falta de bom senso.
Na verdade  temos que admitir que nem tudo é de origem antropogênica, mas que o homem tem deixado sua marca destruídora é algo irrefutável.
Encontramos na Bíblia, mas especificamente no Apocalipse, a informação de que Deus irá punir os que destroem a Terra (Apoc. 11:18).
Com certeza este é mais um sinal de que a segunda vinda de Jesus Cristo a Terra se aproxima, e nosso dever é aguardá-lo como mordomos fiéis dos talentos que Ele nos outorgou.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

PEDALANDO POR QUILÔMETROS ...

No dia 21 de março, eu e o jovem ciclista Paulo Henrique, fomos a Morro Grande (SC) de bicicleta, totalizando 116 Km de percurso. Para mim, apesar de não ser uma experiência inédita (pedalar mais de cem quilômetros), foi marcante e realizadora. Tudo começou com um convite da parte da liderança jovem da igreja Adventista da Próspera uma semana antes do passeio. Vários amigos das igrejas da Próspera e de Criciúma, tinham confirmado a participação, e fiquei ansioso por encarar a aventura. Considero aventura, tendo em vista que sou um ciclista sem muita prática ou pouco treinamento.
Estava marcado a saída da praça do Congresso em Criciúma, às 19:00hs do dia 20/03/ sendo adiado para às 7:00 do dia posterior em virtude das condições do clima.
Eu e o Paulo chegamos pontualmente ao local, conforme havíamos combinado. No entanto para surpreza nossa, ninguém mais compareceu. A princípio ficamos meio decepcionados e quase retornamos embora. Mas como sabíamos que alguns jovens da igreja haviam ido de carro um dia antes, e possivelmente alguns dos companheiros que não quizerem encarar o desafio também poderiam ter ido, resolvemos encarar o desafio.
Durante a ida, enquanto pedalava continuamente, fiz algumas reflexões um tanto significativas. Primeiramente analisei o fato de sermos os remanescentes (apenas dois) de um grupo de diversos ciclistas que se propuseram a fazer aquele passeio. Na vida é assim, muitos partem ou se predispõe a partir, mas poucos efetivam seus planos, projetos e objetivos. Basta olhar as primeiras turmas dos diversos cursos de uma faculdade e depois examinar quantos daqueles chegaram a formatura. Vivemos num tempo em que as pessoas não querem perseverar em nada. Um exemplo é os casamentos, as amizades, os relacionamentos. Tudo tem se tornado mais e mais descartável ou transitório.
Não adianta apenas partir, é importante pensar na chegado. Vi que meu companheiro estava um tanto afoito em correr bastante nos primeiros quilômetros. Eu então lhe alertava: - Lembre-se da volta!
Sabemos que quase tudo na vida é o resultado de nossas escolhas, que colheremos amanhã aquilo que semeamos hoje. Então devemos pensar em como chegaremos no final da jornada. Não podemos controlar o futuro, afinal existe o acaso também, mas mesmo assim devemos fazer a nossa parte, afinal não devemos apenas contar com a sorte. Aliás, a quem diga que não existe sorte, que tudo é resultado da lei da ação e da reação.
Bom, chegamos na metade do caminho, e o sol estava alto e fazia um forte calor, era a hora de uma breve parada. E como foi importante esta parada. Minha esposa foi de carro e nos alcançou neste ponto do percurso. Daí tomamos uma água fresquinha e alguma guloseima para refazer as energias. Mais um tanto igual de percurso e completamos a jornada da ida.
Encontramos nossos amigos e entre estes alguns que haviam fugido do compromisso. Depois de algumas desculpas notei um ar de arrependimento naqueles que abandonaram a aventura que havíamos encarado.
Chegou a tarde e a hora do retorno. Alguns daqueles que preferiram fazer o passeio de carro ao invés de bicicleta, insistiram para que colocássemos as bicicletas nos porta-malas e voltássemos de automóvel. Confesso que por um instante achei a oferta tentadora. Mas refiz meu propósito ao ouvir a decisão firme de meu companheiro em terminar o percurso como havíamos planejado. Já apresentávamos algum cansaço nos quilômetros da volta, mas a sensação de conquista perseguindo nossa determinação fez-nos chegar com exultação. Nos sentimos satisfeitos e agradecidos a Deus por vencermos aquele desafio. E com certeza pretendo encarar muitas outras longas pedaladas! É um momento que passa a ser só nosso, no qual podemos esquecer os compromissos, formalidades e outras coisas que só nos enchem a cabeça e nos impedem de viver.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A VERDADE

Vivemos no século da relativização, o qual preconiza que não há uma verdade fundamental e objetiva. Este conceito, de relativização da verdade, contagiou a moral, a filosofia e a religião. O macro ecumenismo em nossos dias, propõe que todas as correntes religiosas do mundo, sejam estas de origem cristã, mulçumana, pagã, espírita, indígena, etc... São formas alternativas de cultuarmos a Deus com a mesma validade e resultado. No entanto, a afirmação de que todos os caminhos levam a Deus é um ledo engano.

A Bíblia não faz esta afirmação, nem diz que Deus não se importa pela forma como o servimos, adoramos ou o buscamos. Já no começo da história humana, há o exemplo das ofertas de Caim e de Abel. Abel, trouxe uma oferta das primícias de seu rebanho, enquanto Caim ofereceu do fruto da terra (Gên. 4:3-4). A narrativa bíblica diz que Deus não se agradou da oferta de Caim e este ficou triste e com inveja de seu irmão.

No tempo do profeta Elias, Israel mantinha, por influência da rainha de origem fenícia Jezabel, vários profetas de Baal. Elias viu a impossibilidade da convivência dele e dos profetas do Senhor com os de Baal, então propôs um desafio: ambos os lados fariam um altar e invocariam a Deus, quem recebesse a manifestação divina permaneceria em Israel. Durante um dia inteiro os profetas de Baal permaneceram ao redor do altar clamando, sem obter qualquer resposta. Ficaram tão ansiosos e desesperados que chegaram a cortarem-se com facas em busca da misericórdia divina. Quando chegou a vez de Elias, este erigiu seu altar e mandou que aqueles encharcassem com água todo o altar. Quando Elias pôs a oferta e invocou a Deus, a manifestação foi imediata, tanto a oferta quanto o altar foram consumidos pelo fogo divino. A história completa está no livro de I Reis capítulo 18, nos versos 20 a 40.

Em ambos os casos citados, havia uma verdade objetiva em torno da adoração e da manifestação da fé. Deus não aceitou os caminhos alternativos criados. Certa vez Jesus afirmou: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” (João 8:32). É do interesse de Deus que conheçamos e sigamos a verdade sobre sua palavra e vontade.

Se todos os caminhos fossem verdadeiras formas de levarem a Deus, Jesus não teria enviado seus discípulos ao mundo para comunicarem o evangelho; pois cada nação e cultura já teria o seu “evangelho” próprio. É intento do Inimigo de Deus confundir, no último tempo, a mente das pessoas a que não dêem valor a verdade. Mas a Bíblia afirma: “A fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.” (II Tesslonicenses 2:12).