O domingo, como o sábado judaico, deve ser um dia que cura as nossas relações com Deus, conosco próprios, com os outros e com o mundo”, escreve Francisco. “...Temos a tendência de rebaixar o descanso contemplativo como algo improdutivo e desnecessário, mas isso significa acabar com o que há de mais importante no trabalho: o seu significado.”


O autor também traz o comentário da rabina Laura Bellows de Dayenu, uma organização que mobiliza a comunidade judaica dos Estados Unidos para enfrentar a crise climática.


O Shabat é uma das coisas mais radicais que você pode fazer”, diz Bellows, que credita o ritual por evitar o esgotamento. “Uma das razões pelas quais temos uma crise climática neste momento é o produto da desconexão, o resultado da subvalorização da vida, especialmente da vida não humana. O Shabat é um momento para lembrar que não somos máquinas; podemos ser humanos com todas as outras vidas. Esse tipo de conexão é o que impulsiona os movimentos ambientais e climáticos.”


O autor fala das leis dominicais conhecidas como "leis azuis", implantadas nos Estados Unidos no século XIX, informando que o Supremo Tribunal dos EUA afirmou em 1884 que estas serviam uma missão social vital de “proteger todas as pessoas da degradação física e moral que advém do trabalho ininterrupto." Esta  decisão foi reafirmada  pelo tribunal na década de 1960. 


O articulista continua expondo os benefícios de um "sábado verde" ou "domingo climático" como viável e necessário para a sociedade atual. Cita os movimentos que defendem a ideia, como  o  Projeto Green Sabbath.  Muitos estão implementando um Shabat tecnológico, evitando telas por 24 horas. A Cidade do  México e Bogotá estão aos domingos  entregando suas ruas ao uso dos  ciclistas e pedestres. Coren conclui seu texto sugerindo que a questão climática não será resolvida só por imposição de leis, mas também por novas abordagens culturais e espirituais. 


Com certeza a questão do repouso semanal será cada vez mais valorizada até se tornar algo impositivo à sociedade. Uma questão que não podemos esquecer é que o verdadeiro dia de descanso é sábado, conforme estabelecido pelo Criador ao completar sua obra. No entanto no decorrer da história do grande conflito, Satanás buscou substituir este dia por um dia de adoração pagã, o dia do Sol. Agora este falso sábado desvia o sentido  original do verdadeiro, retomando seu valor ou importância sob a ótica da valorização da natureza e da preservação do ambiente.  A história do grande conflito foi marcada pela luta entre o falso e o verdadeiro, entre o que é estabelecido por  Deus e o que é colocado pelo homem em substituição à Sua vontade. E assim será até a segunda vinda de Jesus. Aos fiéis cabe manter o verdadeiro e fazer valer em suas vidas a real vontade de Deus.